terça-feira, 18 de novembro de 2014

GOL - Processo Seletivo para Copiloto 2014

A GOL Linhas Áreas abriu um processo seletivo para copilotos,  com perspectiva de contratação para fevereiro de 2015. Se você cumpre os requisitos mínimos, corra e inscreva-se até o dia 30 de novembro de 2014 neste link. Boa sorte!


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Flagra de Pouso de Helicóptero em Região Residencial

No dia 06/11/14 o Jornal Nacional divulgou uma notícia referente a um flagra registrado por um morador, na cidade de Campinas-SP, sobre um pouso de helicóptero em região residencial.

(Clique aqui para assistir ao vídeo)

Seria este pouso, um pouso lícito?

Segundo o RBAH 91:

91.102 - REGRAS GERAIS
(a) [Nenhuma pessoa pode operar uma aeronave civil dentro do Brasil, a menos que a operação seja conduzida de acordo com este regulamento e conforme as regras de tráfego aéreo contidas na ICA 100-12 “Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo”, as informações contidas nas publicações de Informações Aeronáuticas (AIP BRASIL, AIP BRASIL MAP, ROTAER, Suplemento AIP e NOTAM) e nos demais documentos publicados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo.]...
...(e) Nenhum piloto em comando de uma aeronave pode permitir que passageiros embarquem ou desembarquem
de sua aeronave com o(s) motor(es) da mesma em funcionamento, a menos que:
...(2) para um helicóptero, além dos requisitos aplicáveis do parágrafo (f)(1) desta seção, seja possível parar o(s) rotor(es) principal(ais) ou, se isso não for possível, os motores sejam mantidos em marcha lenta e a altura do plano do rotor principal mais baixo seja suficiente para permitir a passagem dos passageiros sob o mesmo com margem de segurança; e
(3) o piloto em comando assuma a responsabilidade da operação e tome as providências cabíveis para assegurar a segurança da mesma.

91.325 - OPERAÇÃO DE HELICÓPTEROS EM ÁREAS DE POUSO EVENTUAL
(a) Para os objetivos desta seção "área de pouso eventual" é uma área selecionada e demarcada para pouso e decolagens de helicópteros, possuindo características físicas compatíveis com aquelas estabelecidas pelo DAC para helipontos normais, que pode ser usada, esporadicamente, em condições VMC, por helicóptero em operações policiais, de salvamento, de socorro médico, de inspeções de linhas de transmissão elétrica ou de dutos transportando líquidos ou gases, etc. Ao requerer a implantação de uma área de pouso eventual, o interessado deve informar qual a finalidade básica da mesma.
(b) Nenhuma pessoa pode operar um helicóptero em uma área de pouso eventual, a menos que:
(1) a operação seja pertinente à finalidade para a qual a área foi implantada;
(2) o helicóptero não transporte passageiros, exceto aqueles diretamente envolvidos com a operação sendo conduzida;
(3) se a área não atender a todas as exigências físicas e operacionais estabelecidas para um heliponto normal, o piloto em comando seja habilitado para operar em área restrita; e
(4) se em área controlada, a operação seja conduzida em contato rádio bilateral com o Controle de Tráfego Aéreo.

91.327 - OPERAÇÃO DE HELICÓPTEROS EM LOCAIS NÃO HOMOLOGADOS OU REGISTRADOS.
(a) Não obstante o previsto no parágrafo 91.102(d) deste regulamento, pousos e decolagens de helicópteros em locais não homologados ou registrados podem ser realizados, como operação ocasional, sob total responsabilidade do operador (caso de operações segundo o RBHA 135) e/ou do piloto em comando, conforme aplicável, desde que:
(1) não haja proibição de operação no local escolhido;
(2) o proprietário ou responsável pelo local haja autorizado a operação;
(3) o operador do helicóptero tenha tomado as providências cabíveis para garantir a segurança da operação, da aeronave e seus ocupantes e de terceiros;
(4) a operação não se torne rotineira e/ou frequente;
(5) se em área controlada, a operação seja conduzida em contato rádio bilateral com o Controle de Tráfego Aéreo;
(6) seja comunicado ao SERAC da área, tão logo seja praticável, qualquer anormalidade ocorrida durante a operação; e
(7) o local selecionado atenda, necessariamente, às seguintes características físicas:
(i) área de pouso: a área de pouso deve ser suficiente para conter, no mínimo, um círculo com diâmetro igual à maior dimensão do helicóptero a ser utilizado;
(ii) área de segurança: a área de pouso deve ser envolvida por uma área de segurança, isenta de obstáculos, com superfície em nível não superior ao da área de pouso, estendendo-se além dos limites dessa área por metade do cumprimento total do helicóptero a ser utilizado;
(iii) superfícies de aproximação e de decolagem: as superfícies de aproximação e de decolagem devem fazer entre si um ângulo de, no mínimo, 90º, com rampas de, no máximo, 1:8; e
(iv) superfícies de transição: além das superfícies definidas no parágrafo (a)(7)(iii) desta seção, e não coincidentes com elas, devem existir superfícies de transição, com início nos limites da área de segurança, estendendo-se para cima e para fora desses limites com rampa máxima de 1:2.
(b) Para operações de pouso e decolagem em áreas não homologadas ou registradas visando atender a eventos programados tais como festas populares, festivais, “shows”, competições esportivas, filmagens, etc, além das normas estabelecidas pelo parágrafo (a) desta seção, é compulsória a obtenção de autorização prévia do SERAC da área.

O embarque e desembarque de passageiros deve ser feito com segurança, preferencialmente com os rotores desligados ou em marcha lenta e sob orientação do piloto em comando ou com apoio da equipe de solo. Tais medidas visam à segurança tanto do passageiro, como da tripulação e da aeronave. Ainda mais que a passageira estava carregando, sozinha, uma mala de porte grande! Segundo a reportagem, o operador "desconhecia" tal operação; e não há indícios que foi solicitado autorização de pouso, neste local, junto à ANAC e etc.

Enfim, após essas observações no RBAH 91, com apoio da reportagem veiculada no Jornal Nacional, tudo se enquadra na condição de pouso ilícito. Aguardemos o feedback das autoridades responsáveis pela investigação.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dia do Aviador

Todos nós temos um Dom a desvendar e a trabalhar para gerar frutos, não somente para si, mas também para a humanidade. Eu encontrei o meu, lutei por ele e hoje sou feliz e realizado por ter a oportunidade de lapidá-lo e poli-lo com carinho! Assim como muitos amigos, colegas e profissionais que voam pelos ares deste Brasil e pelo mundo, tendo como vizinhos os pássaros, as montanhas, os rios e lagos, as nuvens, o sol, a lua, as estrelas, os ventos, as aerovias, os controladores de tráfego aéreo, os passageiros, os patrões e outros pilotos também!

Só quem voa entende porque os pássaros cantam!

Hoje, 23 de outubro, é o nosso dia. Portanto desejo um Feliz Dia do Aviador a todos nós aviadores da Aviação Civil e Militar. E que os anjos sempre voem conosco!


sábado, 11 de outubro de 2014

Aerion AS2 - 1°Jato Executivo Supersônico


A fabricante Aerion Corporation anunciou um avanço significativo no desenvolvimento do projeto do modelo AS2, o primeiro jato executivo supersônico do mundo. Os trabalhos agora se referem a detalhes na asa de perfil laminar, graças a qual a aeronave vai cruzar a Mach 1.6

Uma série de testes com esse perfil foram executados recentemente no European Transonic Wind Tunnel e na Universidade de Washington. A aeronave terá alcance de 5.450 milhas e poderá voar sem escalas entre San Francisco e Tóquio.

Além disso, a fabricante europeia Airbus assinou um recente acordo de cooperação com a firma norte-americana Aerion. A parceria vai resultar no investimento do programa de desenvolvimento do primeiro jato executivo supersônico do mundo. A Airbus deve fazer o aporte de cerca de US$ 100 milhões até 2021. Estudo recentemente divulgado mostra mercado para cerca de 600 dessas aeronaves nos próximos 20 anos. O avião AS2 vai cruzar entre Mach 1,15 e 1,2 sem que o impacto de seu estrondo seja sentido no solo. 


Site do Fabricante: www.aerionsupersonic.com
Fonte da Notícia: Revista Flap

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Marenco Swisshelicopter SKYe SH09 Voa pela Primeira Vez


Do coração da Suíça, no aeroporto de Mollis, Marenco Swisshelicopter completou o primeiro voo de seu SKYe SH09. O SKYe SH09, a última geração de alto desempenho de monoturbina leve, efetuou o seu primeiro voo com o piloto de testes chefe Dwayne Williams nos comandos, manobrando o protótipo da aeronave no pairado em cinco voos de teste que durou aproximadamente 20 minutos.

Martin Stucki, designer, fundador e CEO, teve o privilégio de informar que o primeiro voo tinha confirmado nos voos preliminares e no seu manuseio as características da aeronave: "Este é um marco no desenvolvimento do nosso programa e esse sucesso tem seguido o componente extenso da fase de teste e a quantidade de testes realizados em solo nas últimas semanas e meses".

Piloto de testes chefe Dwayne Williams (à esquerda) e o CEO Martin Stucki no primeiro voo do SH09. 
(Foto: Marenco Swisshelicopter)

O SKYe SH09 apresenta uma completa estrutura de fuselagem, assim como todo o conjunto do rotor principal e as pás do rotor de cauda. Ele é equipado com sistemas aviônicos do tipo glass cockpit e os motores potentes HTS-900-2 da Honeywell. Mathias Senes, diretor comercial, descreve que, entre todos os recursos, o helicóptero Skye SH09 está sendo desenvolvido como uma verdadeira "plataforma de decolagem vertical" que vai garantir, para os nossos clientes e operadores, os maiores níveis de recursos de usabilidade e capacidade multi-missão. O SKYe SH09 está programado para entrar em produção dentro dos próximos 12 a 16 meses (10/2015 a 02/2016). A Marenco Swisshelicopter já detém mais de 50 pedidos e acordos da aeronave.

Marenco realizou o primeiro voo à luz do dia no monoturbina leve SKYe SH09. 
(Foto: Marenco Swisshelicopter)


> Assista um Vídeo demonstrativo do helicóptero Marenco SKYe SH09

> Fonte: Repost traduzido e adaptado, de uma matéria publicada no site da Vertical Magazine

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FINAME contempla Esquilo para Segurança Pública

O helicóptero Esquilo produzido pela fabricante Helibras em sua fábrica em Itajubá/MG, é um dos modelos mais utilizados entre os monoturbinas para atividades de segurança. Por ser produzido no Brasil, o modelo conta com o benefício do financiamento diferenciado do FINAME, do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), que oferece menor taxa de juros e maior prazo de pagamento, em até 120 vezes. Esse é um incentivo do governo aos produtos que apresentam elevado nível de valor agregado nacional em sua fabricação. 

Na nova versão, o AS350 B3e é equipado com uma potente turbina Turbomeca Arriel 2D, controlada eletronicamente. Com capacidade de carga no gancho de 1.400 kg e uma série de equipamentos que aliviam a carga de trabalho do piloto, é o helicóptero leve ideal para transportar cargas pesadas. 

O sucesso desse helicóptero deve-se à sua agilidade e habilidade para multimissões e a seu pequeno porte, que possibilita pousos e decolagens em áreas restritas, como em grandes centros urbanos.

> Foto: Anthony Pecchi 
> Fonte: Repost de uma matéria publicada no site da Revista Flap

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Helibras destaca tendência de uso de Helicópteros Biturbina na Segurança Pública durante Interseg 2014

(O conteúdo abaixo é um repost de uma matéria publicada no site da Helibras).

Modelos como o EC-145 já estão sendo utilizados para serviços de segurança e atendimento médico em diversos estados brasileiros.

Crédito da imagem: CIOPAER - CE. 08.09.2014

O mercado de segurança pública vem apresentando uma nova demanda de helicópteros com o passar dos anos. Especialmente para as corporações que já possuem aeronaves, mas querem renovar a frota ou elevar a potência de seus serviços aéreos, tem sido crescente a procura por helicópteros biturbina multimissão para atividades de segurança, polícia e transporte aeromédico no Brasil.

Essa tendência observada pela Helibras fez com que o modelo EC-145 ganhasse destaque em diversos estados do país. As vantagens da aeronave e sua alta capacidade serão um dos atrativos da Helibras durante a participação na Interseg 2014 – Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública, que será realizada entre 9 e 11 de setembro, em Florianópolis (SC).

Por oferecer amplas portas corrediças e entradas traseiras tipo concha, o acesso à cabine é bastante ágil e facilita o transporte de pacientes em macas e de equipamentos médicos ou policiais. Além disso, maior potência do motor, alcance e autonomia de voo oferecem mais segurança e precisão para as operações de risco. “O uso de helicópteros leves de duas turbinas nesse tipo de missão é um caminho sem volta que já havíamos observado em outros países do mundo, e que só tende a crescer no Brasil”, disse François Arnaud, Vice-Presidente Comercial e Marketing da Helibras.

O EC-145 da frota de Segurança Pública do Estado da Bahia, por exemplo, passou por customização e inclusão de equipamentos e acessórios na fábrica da Helibras para tornar-se uma aeronave capaz de realizar também atendimentos médicos. Entregue ao estado em 2012, o helicóptero desempenha diversas missões de segurança, com capacidade de voar por instrumentos de dia e de noite e possibilidade de transportar tropas com dois pilotos e nove policiais equipados.

O modelo apresenta alcance de mais de 650 km e dimensões que possibilitam manobrabilidade em espaços restritos, como em determinadas áreas de grandes centros urbanos, estradas e clareiras em mata fechada. A velocidade máxima de 145 knots e os mais modernos sistemas de navegação também são importantes aliados em missões de segurança.

O EC-145 é um biturbina utilizado em todos os segmentos do mercado – civil, governamental e offshore – em diversos países. No Brasil, iniciou suas operações policiais na configuração multimissão no estado do Maranhão, em 2011.

“É uma aeronave altamente versátil e atende a muitos requisitos que podem servir, futuramente, até os segmentos mais complexos, como o militar”, comentou Arnaud, referindo-se à versão EC-645, utilizada pelo Exército dos EUA.

O modelo já opera em segurança pública e atendimento médico na Bahia, Maranhão e Ceará. Recentemente, em Minas Gerais, o EC-145 configurado exclusivamente para o transporte aeromédico foi adquirido pela Secretaria de Saúde e será operado por meio de uma parceria entre o Corpo de Bombeiros Militar e o SAMU – Serviço de Atendimento Médico de Urgência, o que possibilitou a utilização do primeiro biturbina dedicado a operações médicas com suporte avançado de vida no estado.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cartas Aeronáuticas no Google Earth - AIC 23/13 (SP)

Em 2013, eu descobri o site Piloto Policial e lá encontrei uma página com um belo trabalho realizado pelo 1°Ten PM Alexandre Oliveira de Paula, o “Informações Aeronáuticas”, onde ele usou o Google Earth para traçar os limites das TMA/CTR de São Paulo e a REH 3 com os pontos de notificação. Mas como a versão do seu trabalho era focada na AIC N05/10 e o DECEA atualizou esta Circular de Informação Aeronáutica, eu me inspirei no trabalho dele e tomei a iniciativa de refazer e atualizar tudo conforme a nova AIC N23/13, com a inclusão da REA 1; de todas as TMA e CTR de São Paulo, com algumas VACs atualizadas; helipontos e aeródromos aos arredores da TMA, a carta WAC 3262, os Espaços Aéreos Condicionados e etc. 

Hoje este novo trabalho chama-se “Cartas Aeronáuticas”, onde tive o privilégio de contar com algumas sugestões do Alexandre Oliveira de Paula e o apoio da Vertical Helicópteros. Somente as linhas das FIRs, que antes eram as únicas plotadas visualmente por mim, agora foram fornecidas gentilmente, com as devidas coordenadas, por Antonio Nallin.



A minha primeira versão também foi publicada no site Piloto Policial e hoje encontra-se na versão 1.3 com grandes melhorias, sempre disponível para Download, com a versão mais atualizada, na barra direita em meu Blog ou na seção de download do meu Site. Recentemente finalizei uma versão para o Espaço Aéreo VFR de Minas Gerais e já encontra-se disponível para download.




Logo todas as versões do arquivo “Cartas Aeronáuticas” é um arquivo que desenvolvi especificamente para a plataforma do Google Earth, contendo informações do Espaço Aéreo VFR das TMAs de São Paulo e de outros Estados, que produzirei gratuitamente conforme minha disponibilidade. Dentro do arquivo compactado terá outros arquivos úteis orientando a instalação e uso do mesmo, e outros documentos orientando sobre a AIC e frequências em cada setor da TMA/CTR (somente para o Espaço Aéreo de São Paulo).

O objetivo do arquivo é facilitar a visualização de todas as informações constantes nas cartas presentes e transferir a “visão desenhada”, comumente encontrada nas cartas aeronáuticas, para a “visão satélite” conforme estamos habituados em voos VFR no dia-a-dia. Lembrando que em hipótese alguma o arquivo exime a responsabilidade do comandante em consultar o ROTAER, NOTAM, AIP-BRASIL, AICs, as Cartas VAC, ADC e etc, pois estes  últimos são documentos oficiais produzidos pelas Autoridades Aeronáutica Nacional e são necessários para um bom planejamento de voo.

O meu intuito particular é prestar uma pequena contribuição a todos os pilotos de helicópteros que voam no complexo espaço aéreo de São Paulo, assim como em outros Estados, para auxiliar num bom planejamento de voo, conhecimento de referências visuais, limites do espaço aéreo e dessa forma voarmos com mais segurança e o profissionalismo que a Aviação Brasileira merece! 

Gostaria de convidar, a todos interessados, em colaborar com sugestões ou críticas, para juntos usufruirmos desta ferramenta e disseminarmos conhecimento de qualidade.

Bom voo.

Cmte.Resende

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Boletins de Segurança e Operacional em Aeronaves

Quer melhorar o seu conhecimento em Segurança Operacional de Voo e em diversos outros assuntos pertinentes à Aviação? Além de participar dos seminários e palestras do gênero, você também pode se atualizar acessando alguns sites, conforme mostrarei abaixo.

É possível encontrar, gratuitamente, diversos materiais oficiais pertinentes à segurança da Aviação, não somente nas publicações dos fabricantes das aeronaves, mas também aqueles desenvolvidos pelas Autoridades Aeronáuticas Nacionais, como o CENIPA e os produzidos pela:

EASA - European Aviation Safety Agency
EHEST - European Helicopter Safety Team
FAA - Federal Aviation Administration
FAAST - FAA Safety Team
IHST - International Helicopter Safety Team
SKYbrary

No site da EASA é possível encontrar um grande arsenal de Boletins de Segurança desenvolvidos pelos fabricantes de aeronaves, motores, aviônicos e outros equipamentos, além de restrições em importantes espaços aéreos e etc. Então para o comandante que possui mais de uma habilitação de tipo ou esteja interessado em acompanhar suas atualizações, o site se torna um facilitador para encontrar tudo em um único lugar.  



No site da EHEST além de ter acesso a conteúdos digitais em formato “PDF”, com técnicas de pilotagens, treinamento, tecnologia de navegação e etc...


...também é possível assistir a vídeos com excelente conteúdo de segurança, a exemplo deste abaixo:

Degradação Visual do Ambiente e Perda de Controle


A Helibrasfabricante brasileira de helicópteros da Airbus Helicopters - também disponibiliza ótimos boletins elaborados por sua equipe e alguns traduzidos da EHEST. Só é necessário fazer um cadastro no Clube do Piloto para ter acesso aos conteúdos diretamente no menu “Segurança de Voo”.



No site da FAA é possível fazer o download de Manuais e Livros Digitais para estudo com conteúdos atualizados e de primeira classe! 



E no FAAST você pode encontrar um grande conteúdo de publicações separadas por categorias.


O site do IHST disponibiliza ótimos Boletins de Segurança, especificamente para a Asa Rotativa e também separados por categorias. Como de praxe o conteúdo é em inglês, então pra quem sentir dificuldades vale o esforço de traduzi-los, bom que já vai se adaptando ao idioma e aprendendo um conteúdo importante e prazeroso de ler, relativo à nossa profissão.




E, finalizando, o site do SKYbrary. Realmente uma espécie de “Biblioteca dos Céus”. Aqui o conteúdo é bem extenso e interessante, em sua maioria disponível para acesso online, e alguns em formato “PDF”. É como se fosse um “wikipedia” da aviação, pois em alguns campos há a possibilidade do usuário auxiliar nos conteúdos.



Bom, como em qualquer profissão, um piloto que não se preocupa em manter-se atualizado e procurando se especializar cada vez mais, além das bancas da ANAC, certamente vai ficar para trás e correndo o risco de ficar com os “pés no chão”. Nessa profissão quem decola não é a aeronave e sim o comandante, pois as nossas asas são o nosso conhecimento e é ele quem nos sustenta nos ares. 

Um abraço e bons voos.

Cmte.Resende

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O que é NOTAM?

A sigla NOTAM vem do inglês "Notice To Airmen", ou seja, "Aviso aos Aeronavegantes".

O seu objetivo é divulgar modificações de qualquer instalação, estabelecimento, serviço, procedimento ou perigo aeronáutico, cujo conhecimento seja essencial para o pessoal ligado às operações de voo. Todo piloto deve consultar o NOTAM de um respectivo aeródromo/aeroporto, heliporto, FIR, sempre que se pretenda decolar, pousar ou sobrevoar nesses locais.


Um NOTAM pode ser obtido nas Salas AIS, situada dentro de alguns aeroportos ou simplesmente acessando o site AISWEB (www.aisweb.aer.mil.br) e digitando o respectivo indicador de localidade (Ex: SBSP = Aeroporto de Congonhas).


Como as siglas dentro do NOTAM são derivadas de abreviaturas do vocabulário inglês é possível consultar o significado de cada uma no campo “Abreviaturas”.

  • Traduzinho a nota D2798/2014: Voos sob regras VFR decolando de aeródromo provido de órgão ATS, realizado inteiramente dentro da projeção vertical e dos limites laterais, da superfície até FL145, das TMA São Paulo 1, 2 e 3, poderá apresentar Plano de Voo Simplificado / Notificação.
             Período: de 29/07/14 21:24   até   26/10/14 23:59

  • Traduzinho a nota D2682/2014: Na área de Controle de Helicópteros - proibido ingresso de helicópteros na área de Controle de Helicóptero, salvo para operações de pouso e decolagem nos helipontos nela existente (exceto operações militares, segurança pública e defesa civil, ou serviço aéreo especializado de aeroreportagem, de aeroinspeção ou de combate a incêndio).
             Período: de 25/07/14 17:33   até   22/10/14 23:59

  • Traduzinho a nota D2627/2014: Na área de Controle de Helicópteros - Decolagem de helicópteros de helipontos/heliportos situados na área de Controle de Helicópteros, entre 0900 e 0200 UTC (12:00 e 05:00, horário de Brasília), necessário contato prévio, na frequência 118.335 MHz, para obter autorização de decolagem.
             Observação: após autorização de decolagem os helicópteros deverão inicia-la
                                 imediatamente.

             Período: de 18/07/14 16:04   até   15/09/14 23:59

Mas é necessário consultar sempre um NOTAM?

Sempre que se pretende decolar uma aeronave deve-se consultar o NOTAM tanto do respectivo local de origem como o local de destino e suas alternativas. Pois, mesmo que as condições meteorológicas permitam que uma aeronave decole e pouse no aeródromo de destino, se este último estiver temporariamente interditado, por operações militares, como o piloto irá pousar? E pra piorar, se o aeródromo de alternativa "ALTN" estiver com uma notificação de impraticável, devido às obras ou aeronave acidentada na pista? Ou se o serviço de abastecimento estiver temporariamente indisponível? É nessa hora que um piloto desavisado começa a ficar ansioso, pensando no que fazer, onde pousar, se o combustível reserva será o suficiente e etc. Mas será que o outro aeródromo próximo terá o serviço de abastecimento necessário? Para um piloto que conhece o espaço aéreo em que sobrevoa fica mais fácil tomar uma decisão, mas quando voamos em novos ares, tudo muda!

Como uma terceira opção de aeródromo não estava nos planos, o piloto pode não ter anotado a frequência de comunicação dos outros aeródromos, então como comunicar-se com os outros pilotos, torre de controle ou com o AFIS? Se for uma área controlada o Controle (órgão ATS) pode auxiliar, mas e se você estiver em uma área livre (não controlada), será que os outros pilotos aos arredores conseguirão orienta-lo? 

Obviamente não é o fim do mundo, pois uma pane no rádio da aeronave poderia ocorrer e o piloto também ficaria incomunicável, mas a responsabilidade em voar com segurança e dentro das regras de voo VFR/IFR é toda do comandante! E voar sem o conhecimento da realidade do espaço aéreo que o cerca pode transformar um voo tranquilo em um verdadeiro pesadelo! Então nessa hora o piloto perceberá o quanto consultar um simples NOTAM pode aliviar muito o seu trabalho e até salvar o seu emprego (dependendo da gravidade da falha em sua missão).

Reflexão: Embora um piloto seja treinado para lidar com diversas situações inesperadas, será que um piloto sobre influência de forte fadiga e estresse, não poderia estar às margens de um incidente grave ou acidente? Existem registros de incidentes e acidentes, com pilotos já sobrecarregados e preocupados em resolver um problema em voo, onde a autonomia foi sendo reduzida a um nível crítico e o piloto só percebeu quando acendeu a luz de emergência "Low Fuel". Bom, não quero exacerbar a importância de consultar um NOTAM, mas quando uma coisa dá errada, a probabilidade de outros problemas surgirem também aumenta, e é justamente uma sucessão de erros que podem gerar um incidente/acidente.

Retornando a definição do NOTAM, conforme consta no ICA-53-1² (Instrução do Comando da Aeronáutica), a sua expedição pode ser aplicada de duas formas:
“2.1.1 Será dada divulgação imediata, sempre que a informação for de caráter temporário ou, quando de caráter permanente, não houver tempo suficiente para divulgá-la por meio das publicações de informações aeronáuticas”. É o caso de uma aeronave acidentada em pista.
“2.1.3 Para que um NOTAM atinja a sua finalidade é necessário que o usuário o receba com pelo menos 7 dias de antecedência, para tomar qualquer medida que a informação requeira. 2.1.3.1 Nos casos de cancelamento, substituirão, inoperâncias, restabelecimentos e correções nas publicações, as informações deverão ser de efeito imediato”.
Eis alguns exemplos de informações que, dados o assunto e a natureza delas, são divulgadas mediante NOTAM¹:
  • Interdição de aeródromos devido a voos presidenciais ou presença de outras autoridades que demandem medidas extremas de segurança.
  • Fechamento de pistas de aeródromos devido, por exemplo, a buraco, obras ou aeronave acidentada na pista.
  • Inoperâncias ou restrições operacionais em equipamentos de auxílio à radionavegação e/ou às telecomunicações.
  • Alertas a respeito da realização de saltos de paraquedistas, fora (ou parcialmente fora) do espaço aéreo controlado.
  • Existência de obstáculos nas proximidades da área de manobras dos aeródromos.
  • Presença de aves próximo às cabeceiras das pistas.
  • Exercícios de tiro militar (quando os projéteis atravessam porções do espaço aéreo).

Enfim, o NOTAM é um dos itens imprescindíveis de consulta para a elaboração de um planejamento de voo eficaz. Junto com a consulta do METAR/TAF, ROTAER, AIP BRASIL, Cartas Aeronáuticas, Google Earth/Maps, Peso e Balanceamento, Manifesto de Performance da aeronave e etc. É o primeiro item de minha lista quando vou planejar um voo, pois se algo me impedir de decolar ou pousar em meu destino, em nada servirá planejar os outros itens.

Bom voo.

Cmte.Resende


Notas
1             fonte: Wikepedia
2             Download ICA 53-1: clique aqui

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

II Jornada de Segurança Operacional (Helibras)


Eu tive a oportunidade de assistir a "I Jornada de Segurança Operacional (Helibras)", em 2013, e posso testemunhar que foi de grande valia todos os conteúdos lá expostos pelos palestrantes. O conhecimento adquirido ampliou o meu horizonte a respeito da Segurança Operacional em Helicópteros e abriu a minha consciência para a importância de estar sempre atualizado e antenado neste assunto!

Os profissionais envolvidos nessa jornada possuem grande experiência em diversas áreas da aviação, logo prestam uma enorme contribuição na conscientização de diversos outros profissionais e alunos da aviação.

Durante a Jornada, me lembro de uma frase que provavelmente marcou a muitos ali presentes: “Se você acha que a prevenção custa caro, experimente o custo de um acidente”... em outras palavras, isso prova que prevenir é sempre mais viável que remediar.

Abaixo segue a grade do conteúdo que será meticulosamente analisado na Jornada de 2014:


  • Novas Regulamentações para Operadores Policiais.
  • Treinamento de Auto-Rotação.
  • O Suporte Técnico e a Qualidade na Manutenção.
  • FDA - Análise de Dados do Voo para Pequenos Operadores - VISION 1000.
  • CFIT & IIMC - Entrada Inadvertida em Condição Meteorológica de Instrumento.
  • Consciência Situacional: Fatos e Relatórios Recentes.

Garanta a sua vaga, nos vemos por lá!

> Inscrições: clique aqui
(Inscreva-se no menu "Cadastro Eventos", e em breve você receberá a confirmação por e-mail)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Marinha do Brasil avalia o Drone "Camcopter S-100" da SCHIEBEL

A SCHIEBEL enviou ao Brasil, uma equipe de técnicos com 2 helicópteros não tripulados, modelo CAMCOPTER S-100, para avaliação junto à Marinha Brasileira. A Defesa Aérea & Naval esteve a bordo para poder conferir de perto, os voos de avaliação e trazer para nossos leitores, como foi a demonstração em voo do CAMCOPTER S-100.


O CAMCOPTER S-100 pode operar a grandes distâncias e altitudes que variaram entre 100 e 3.000 pés e as características de detecção do drone "SAGE ESM (MAGE)", onde foi detectado um alvo à 50 milhas com o modelo 02.

O CAMCOPTER S-100 voou por 5 horas direto, alcançando a autonomia informada pelo fabricante. O modelo utiliza gasolina de aviação – AvGas de 100 octanas e está em desenvolvimento um motor para JP-5 e outro a Diesel. A sua operação é realizada por 5 operadores e dependendo da sua configuração, o número de operadores pode aumentar.


O emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas Embarcadas (ARP-E) tem como principais objetivos:

  • Coletar, armazenar e transmitir dados e imagens, durante o dia e a noite em missões de esclarecimento de superfície;
  • Otimizar as tarefas relacionadas à busca e salvamento na área de jurisdição SAR do Brasil;
  • Permitir o controle do tráfego marítimo em áreas sensíveis e de interesse;
  • Criar uma doutrina própria de emprego desse equipamento em ambiente naval;
  • Apoiar a Patrulha Naval no que tange ao combate de ilícitos no mar tais como: a pesca predatória, a extração mineral ilegal, o contrabando, pirataria e crimes ambientais.

Características: 

  • Independência: Decolagem, navegação Waypoint e pouso completamente independentes;
  • Navegação: INS e GPS redundantes;
  • Potência: Motor rotativo de 50HP (Tecnologia Wankel);
  • AlcanceD/L típico: 50, 100 ou 200 Km (27,54 ou 108mn);
  • Velocidade de arremetida: 120 nós;
  • Velocidade de cruzeiro: 55 nós (para melhor autonomia de voo);
  • Autonomia de voo: >6 horas com 34 Kg (75 lbs) de carga útil mais tanque de combustível externo opcional, prolongando a autonomia para >10 horas;
  • Carga útil típica: 50 Kg (110 lbs);
  • Peso MTO: 200 Kg (440 lbs);
  • Peso vazio: 110 Kg (243 lbs);
  • Comprimento: 3.110 mm;
  • Altura: 1.120 mm;
  • Largura: 1.240 mm;
  • Diâmetro do rotor principal: 3.400 mm

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Piloto brasileiro testa Gripen na África e relata impressões sobre caça



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